terça-feira, 14 de junho de 2011

Relatório da Causa defendida no FACEBOOK


Em atividade proposta pelo professor da disciplina Temas de História de Sergipe, os alunos tiveram que criar uma conta em uma determinada rede social (Facebook) e em seguida, criar e defender uma causa pela qual fosse do interesse do grupo, desde que estivesse de alguma forma relacionada à cultura Sergipana.
A Causa deveria fomentar dentro da rede social a participação popular, em prol da mesma, para isso, a esta deveria passar uma ideia de apelo, seja através de um sentimento de indignação, de repudio, de conscientização ou até mesmo de identificação. Sendo assim, a causa pela qual defendi juntamente com dois colegas (Ana Kele e Antonio José) buscou conscientizar a população para o resgate do Forró da Rua Siriri.
Esta festa que não é realizada desde 2002, mantinha a tradição dos arraiais juninos que eram realizados em bairros, assim como acontecia e ainda acontece na Rua São João, por exemplo. O evento fez parte do nosso calendário festivo junino e contribuiu para a divulgação dos artistas locais, sendo inclusive digna de um artigo especial da Professora Aglaé Fontes, atualmente secretaria de cultura da cidade de São Cristóvão. Idealizada pelos moradores, em especial pelo artista plástico Felix Mendes, a festa teve seu auge em fins dos anos 1990, quando ali ainda contava com o apoio dos artistas e das autoridades pública, além dos moradores.
Dentre as causas apresentadas a nossa conseguiu se estabelecer como a quinta mais aceita, mesmo com tantas dificuldades, pois buscar informações sobre a festa não foi fácil, daí talvez a maior crítica que pode ser feita a causa. No entanto, conseguimos atrair para a nossa causa a Deputada Estadual, Ana Lucia, a qual demonstrou satisfação e interesse pela causa. Tivemos ainda, curiosos que postaram suas dúvidas, dentre eles o Superintendente da SMTT de Aracaju, Antonio Samarone, que questionou os motivos que culminaram no fim deste evento.
O balanço que faço é que poderíamos ter desenvolvido ainda mais a causa, poderíamos ter buscado mais informações, a fim de que pudéssemos envolver mais pessoas em prol da causa, mas ainda assim, foi bem educativo e divertido trabalhar com esta ferramenta tecnológica. Assim, nosso saldo foi de 101 participantes que apoiaram nossa modesta causa.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

As mulheres em Sergipe nos séculos XVIII e XIX


No século em questão, o patriarcalismo era predominante em toda sociedade brasileira. Com isso, as mulheres tinham um papel secundário, ou até mesmo, inexpressivo dentro desta sociedade. Elas não tinham o direito de aprender a ler, e era reclusa no interior dos seus lares, para se ter uma ideia, não ia à mesa com os pais ou mesmo com os maridos e serviam-se dos restos deixados por esses. Elas eram tratadas como escravas. A exceção era feita a uma pequena parcela de mulheres que viviam em cidades maiores, como Bahia, Rio de Janeiro, Pernambuco e outras.
Dentro da aristocracia açucareira, o destino das mulheres eram traçados pelos pais, que por vezes as utilizavam como uma “moeda de troca” em seus acordos políticos e financeiros. Eles escolhiam com quem as filhas casariam buscando sempre um pretendente com boas condições socioeconômicas. Outra atitude tomada era o envio das mesmas para os conventos, essa atitude buscava evitar casamentos com pessoas socialmente inferiores e até mesmo de raças mestiças. Registra-se na sociedade sergipana da época a endogamia, comprovada pelos pedidos de licença encontrados na Relação Eclesiástica da Bahia.
Um fator importante nas mudanças sociais da época foi a chegada da Corte portuguesa em 1808. Os costumes trazidos pela corte, tanto na vida privada quanto na vida social, influenciariam na vida das mulheres de forma que estas saíram do seu enclausuramento e passaram a participar da vida social Corte vindo inclusive, a frequentar escolas somente para mulheres.
Tais transformações foram mais tardias em Sergipe. No entanto, registra-se uma Lei de fevereiro de 1831, a qual criava as primeiras escolas públicas voltadas para o sexo feminino, estas estariam localizadas em cidades como São Cristóvão, Estância, Laranjeiras e Propriá.
O aumento da participação feminina na educação sergipana crescia à medida que a Província se desenvolvia a partir de 1840. Já a partir de 1880, com o surgimento de novas ideias que tomavam o país, começaram a surgir as escolas mistas. As transformações que aconteciam em Sergipe fizeram crescer a atuação feminina na vida social, ao ponto destas dividirem ainda mais o espaço de professoras com os homens.
Como podemos perceber a vida das mulheres naquela época era bastante difícil, mesmo pertencendo a elite aristocrática. Nos cabe como reflexão pensar que se a vida destas era bastante difícil, o que dizer das mulheres pobres, negras e mestiças?

domingo, 10 de abril de 2011

Causa defendida no Facebook

Conscientizar a população para o resgate do Tradicional Forró da Rua Siriri


ABOUT


Localizada no centro de Aracaju a Rua de Siriri tem uma história de mais de 80 anos. Foi por volta de 1930, que a rua se tornou palco representativo da história cotidiana da cidade de Aracaju. Naquela época, a rua ficou conhecida por centralizar a zona de prostituição na capital, tal fato foi anos depois objeto de pesquisa do escritor Amando Fontes, que acabou escrevendo um livro sobre o assunto, este recebeu o nome "Rua Siriri".

Os anos se passaram e com eles vieram o progresso. A região que em outrora era brejeira – ruas de areal e casas de palha – tornou-se mais atrativa, com ruas pavimentadas e casas de alvenaria. A Rua deixou de ser um foco de problemas e passou a ser um palco de alegrias com sua festa junina.

Realizada sempre no mês de julho, a festa firmou-se como uma espécie de ressaca de São João, com forró a noite toda, shows, comida típica, brincadeira. Enfim, uma legitima festa popular. Surgiu em meados dos anos 90 pelo morador e artista plástico Felix Mendes em conjunto com alguns amigos. No início, a festa nem ocupava toda a rua e era realizada por um misto de amigos, vizinhos e moradores do quarteirão entre as ruas Laranjeiras e São Cristóvão. O festejo não era organizado por instituições oficiais, mas sim pelo povo, na sua forma espontânea e comprometida. A decoração da rua era feita a base de bandeirolas, palha de coqueiros, balões, tudo feito por seus moradores, que também colocavam barracas de comida típica, dando à rua um ar festivo, bem característico das comemorações populares.

Sua programação contava com um espaço dedicado às crianças, revivendo as brincadeiras tradicionais da cultura popular e do folclore sergipano. Quebra pote, corrida de saco, corrida de jegue e apresentações de quadrilhas, bacamarteiro, samba de coco e pisa pólvora animavam as tardes e as noites até a madrugada. O Forrozão cresceu e ganhou espaço nos festejos junino local, mas com tal crescimento as dificuldades surgiram. A festa não tinha fins lucrativos, portanto, não recebia todo o apoio necessário. Infelizmente chegou ao fim, e com ela se foi um pouco da cultura junina do nosso Estado.

Diante disso, convidamos a todos a participarem desta causa em prol do retorno dos Arraiais de Rua, em especial este, assim poderemos difundir ainda mais a nossa tradição junina. Vamos resgatá-los assim como foi feito com os Carnavais de Rua. Participem!
http://www.causes.com/causes/603720-conscientizar-a-popula-o-para-o-resgate-do-tradicional-forr-da-rua-siriri/about

POSITIONS

1. Conscientizar a população em prol do retorno do Forró da Rua Siriri.
2. Envolver o maior número de pessoas através da rede (tendo como foco inicial moradores e artistas) em torno da causa, procurando mostrar o quanto esta festa ainda faz parte do imaginário local.
3. Sensibilizar e mobilizar, através da rede, as autoridades públicas para a importância de resgatar a tradição dos arraiais de bairros.
4. Sugerir às autoridades públicas a inserção da festa no calendário junino local.
5. Ajudar em prol do resgate da festa através de abaixo-assinados eletrônicos e manifestações pela Internet.

GROUP

Ana kele, Antonio José, Wendel Oliveira.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Transcrição de Documento

Imagens do Documento Original

 
Imagem 1: Fotagrafado em 01 de abril 2011
Por Wendel Oliveira

 

Imagem 2: Fotagrafado em 01 de abril 2011
Por Wendel Oliveira


De: Zacarias de Goes e Vasconcelos
São Cristóvão
Para: Eusébio de Queiroz C. M. Camara
Rio de Janeiro
Em 22 de dezembro de 1848


Transcrição



Nº 9s                                                                           Ilmo e Exmo Senr
1848 – dezembro 22



Em observancia do aviso de 28 de outubro ultimo, comunico a V. Exª que pos portaria de 5 do corrente demitti das cargas de Promotores Publicos de Sam Christovam e Larangeiras a Domingos Mondeir Pestana, e José da Silva Teles, nomeado para substituir o 1º Bacharel Antonio Nobre de Almeida Castro, e o 2º Bacharel Antonio Freire de Mattos Barreto.                   Deus guarde a V. Exª Pal. do Governo de Sergipe 22 de dezembro de 1868.

Ilmo e Exmo Senr Conselheiro Ministro e Secretario d Estado dos Negocios da Justiça Euzebio de Queiroz Coitinho Mattôso Camara.







Zacarias de Goes e Vasconcelos


Fonte:
Disponível no PDPH - Departamento de História da Universidade Federal de Sergipe.  Caixa 07, Volume 38. Documento de origem do Arquivo Nacional.

Símbolos do Estado de Sergipe

Bandeira do Estado de Sergipe

Nos fins do século XIX, o negociante e industrial sergipano José Rodrigues Bastos Coelho, necessitando de um distintivo para suas embarcações que identificasse o Estado de onde procediam, elaborou uma bandeira para este fim.
A bandeira, formada por um retângulo com quatro listras - alternando as cores (verde e amarelo) -, e um retângulo azul na parte superior à esquerda com quatro estrelas brancas de cinco raios, passou a ser conhecida, nos portos freqüentados pelos navios de Bastos Coelho, como a "Bandeira Sergipana". As cores usadas foram as nacionais e as estrelas representavam quatro barras do Estado, talvez as mais transitadas pelo autor.
Esta bandeira, acrescentando mais uma estrela maior no centro das outras para representar o número exato das barras sergipanas, foi oficializada através da Lei No 795, de 19 de outubro de 1920. No dia 24 de outubro de 1920 a bandeira oficial de Sergipe foi hasteada pela primeira vez, na fachada do Palácio do Governo, ficando ao lado da bandeira nacional.
Em 1951, a bandeira oficial do Estado foi alterada. As cores e características foram mantidas, exceto o retângulo azul, que a partir daí continha quarenta e duas estrelas, representando o número dos municípios sergipanos na época.
No ano seguinte foi restabelecida a bandeira oficial instituída pela Lei No 795, de 19 de outubro de 1920.

Fontes:
Imagem disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Bandeira_de_Sergipe > acesso em 07 abril 2011.
Texto disponível em: < http://www.brasilrepublica.com/bandeirasergipe.htm > acesso em 07 abril 2011.


Brasão do Estado de Sergipe



Fonte:
Imagem disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Bras%C3%A3o_de_Sergipe > acesso em 07 abril 2011.


Hino do Estado de Sergipe
 
Letra por Manoel Joaquim de O. Campos
Melodia por Frei José de Santa Cecília


Alegrai-vos, Sergipanos,
Eis que surge a mais bela aurora
Do áureo jucundo dia
Que a Sergipe honra e decora

O dia brilhante,
Que vimos raiar,
Com cânticos doces
Vamos festejar

A bem de seus filhos todos,
Quis o Brasil se lembrar
Do seu imenso terreno
Em províncias separar.

Isto se fez, mas contudo
Tão cômodo não ficou,
Como por más consequências
Depois se verificou.

Cansado da dependência
Com a província maior,
Sergipe ardente procura
Um bem mais consolador.

Alça a voz que o trono sobe,
Que ao Soberano excitou;
E, curvo o trono a seus votos,
Independente ficou.

Eis, patrícios sergipanos,
Nossa dita singular,
Com doces e alegres cantos
Nós devemos festejar.

Mandemos porém ao longe
Essa espécie de rancor;
Que ainda hoje alguém conserva
Aos da província maior.

A união mais constante
Nos deverá consagrar,
Sustentando a liberdade
De que queremos gozar.

Se vier danosa intriga,
Nossos lares habitar,
Desfeitos aos nossos gostos
Tudo em flor há de murchar.

Fonte:
Texto disponível em: < http://pt.wikisource.org/wiki/Hino_do_estado_de_Sergipe > acesso em 07 abril 2011.